Desde a eleição de 2020, quando foi derrotado por Mário Alexandre (Marão), Valderico Júnior nunca deu um dia de sossego ao governo. Usou sua rádio, a Gabriela FM, como trincheira para ataques constantes e implacáveis. Além do microfone, rodava os quatro cantos da cidade com celular na mão, gravando vídeos recheados de críticas e tentando, a qualquer custo, desqualificar a gestão adversária.
Mas o destino costuma ser irônico. Hoje, quem passou anos agindo como pedra virou vidraça.
Valderico Júnior foi eleito prefeito de Ilhéus com 41.567 votos, num universo de mais de 130 mil eleitores. Em outras palavras: quase 90 mil pessoas disseram “não” a ele nas urnas. E boa parte dos que disseram “sim” já começa a se arrepender.
A juventude, que acreditou no discurso de renovação, hoje sente o gosto amargo da frustração. O governo que prometia mudança entregou medo, insegurança e acordos escusos com a velha política, a mesma que Valderico tanto atacou. O sistema tomou conta, e quem o ajudou a subir, ficou para trás. Os candidatos a vereador que ralaram por ele durante a campanha foram descartados sem cerimônia. Subiram morro, pediram voto, bateram de porta em porta com o símbolo do coração no peito... e agora perguntam: cadê o coração, prefeito?
Enquanto isso, a tentativa de atacar a imprensa séria e profissional da cidade aquela com DRT, que trabalha com verdade e responsabilidade, só mostra o desespero de um governo que tenta se blindar das críticas, mas não suporta o peso das próprias promessas quebradas.
A rejeição só cresce. Se antes quase 90 mil eleitores não acreditavam nele, hoje esse número só aumenta com os decepcionados. A insatisfação é geral. Tem gente apostando que esse governo não chega à metade do mandato. E, sinceramente, olhando para o caos que se instalou, duvidar disso já parece ingenuidade.
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