A semana já começou difícil para a gestão municipal. O governo enfrentou um forte desgaste após enviar à Câmara de Vereadores o polêmico projeto que trata do subsídio de R$ 26 milhões às empresas de ônibus. Sem tempo para respirar diante da enxurrada de críticas, a prefeitura emendou, outro desgaste, tão desnecessário quanto mal executado: a retirada à força das placas e letreiros dos lojistas no calçadão da Paranaguá e arredores.
Sem aviso, sem diálogo, e com truculência. Foi assim que servidores da prefeitura trataram comerciantes que ajudam a movimentar a economia local. Os lojistas não foram sequer notificados ou orientados a retirar suas placas por conta própria. O que se viu foi uma ação grosseira, desrespeitosa e apressada — justamente em um momento delicado para a imagem da gestão.
O que justifica essa sede por desgaste? Quem orienta essas decisões dentro da prefeitura? Não estou aqui defendendo a desordem urbana, mas a falta de bom senso e diálogo é gritante. E, sinceramente, quem conhece Junior sabe que esse tipo de atitude não combina com seu perfil. Isso nos leva a um alerta sério: o prefeito precisa reassumir o controle total das ações do seu governo. Do contrário, vai afundar em desgastes criados pela própria equipe.
Já vimos esse filme antes. Políticos que subestimaram a insatisfação popular terminaram seus mandatos sob vaias, quando não sob gritos de "fora!" nas ruas. O detalhe é que o governo de Junior mal começou. E se continuar assim, corre o risco de enfrentar a rejeição ainda no primeiro ano.
Essa crítica não é oposição — é realidade. É o que qualquer aliado comprometido com a cidade deveria estar dizendo.
Porque quando se vira as costas para o comércio e para a população, os danos não são só políticos. São sociais. São econômicos. São morais. Afinal, o que seria do nosso município sem os comerciantes que geram empregos e seguram a barra da cidade todos os dias.
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